Não é
que seja um momento de tristeza, mas a passagem para um ano diferente não me dá
qualquer satisfação especial. Já sei que esta ocorrência, tal como a de Natal e
similares, é um pretexto para fazer uma festa e muitas outras coisas, mas
muitas vezes cai-se no exagero de exagerar tudo. Exageramos a beber, exageramos
a comer, exageramos a comprar, exageramos nos nossos sentimentos, exageramos na
forma como tratamos os outros… e até no dia seguinte exageramos na ressaca… só
não exageramos a trabalhar.
Os “não-alinhados”
como eu, têm um bom remédio para passar o ano de uma forma alegre ou mesmo
eufórica – beber uns copos, e a partir daí, é saltar de alegria no momento
chave. Nestes termos, é natural já alguém me ter visto a transbordar de
felicidade, o problema é que no dia seguinte andei com a garganta seca como uma
cortiça e a cabeça pesada como uma pedra, facto que lamentei e jurei não
repetir… até outra ocasião.
A
passagem de ano já me deu grandes satisfações. Como por exemplo, quando deixar de fumar para o resto da vida, em 1983. Ajudou-me algumas vezes a consolidar
amizades e conhecer pessoas novas. E também me ajudou a compreender que não se
deve beber tudo de uma vez!
Imagino
quantos ou quantas, entram no dia 31 sozinhos e saem no dia 1 com namorada (é o
que se diz entrar de carrinho e sair de carrão)! Mas também o contrário pode
acontecer e tornar-se uma data de grande pesar. Esses poderão consolar-se
pensando que melhores passagens de ano virão!
Também
há quem passe o ano na caminha a dormir, mas existem muitos mais que o fazem a
trabalhar.
Resumindo,
cada um de nós faz (ou tenta fazer) da passagem de ano aquilo que deseja que
seja. Por isso uns deitam-se cedo como as galinhas e outros só se deitam quando
muitos se levantam.
Esta
passagem de ano não bebi, por isso a alegria não foi muita. Na próxima se
calhar vou beber, mas sem álcool. Bem, com ainda tenho muito tempo ainda vou
pensar até lá.
Bom
ano 2012!
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