sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

POLÍTICA – O CANCRO DA SOCIEDADE

(Cuidados com os ditadores e os criminosos!)
 

Não sei se já reparam que a maior parte dos grandes males que se passam neste país, convergem (ou tem origem) tudo no mesmo – na política.
Porque quem faz a política são pessoas, e que deviam, para além de cumprirem com zelo os seus deveres, serem um exemplo de comportamento moral e cívico, nada disso, muitos de deles cometem desde os mais hediondos crimes (corrupção, pedofilia, etc.) até às mais pequenas faltas, tudo em nome do povo, que votou neles.
Apesar de o nosso sistema político ser democrático, o processo é típico de uma ditadura - tiram proveito e dão a ganhar àqueles que estão em seu redor. Talvez seja por isso que até à data, apesar dos mega - processos que passam e já passaram em tribunal, ainda não vimos nenhum político ir parar à prisão com pena efectiva.
Viver numa democracia não quer dizer que não existam ditadores. O ser humano gosta de poder e de dominar o seu semelhante. Por isso eles, tal como os pedófilos, encontram-se na sombra à espera da melhor oportunidade para emergir e colocar em prática as suas pérfidas ideias.
O Zé Sócrates se tivesse governado em altura mais propícia (há mais de 4 décadas), já ninguém o tirava de lá mais. Tinha todas as características de um impiedoso e manipulador déspota, fazendo rolar cabeças a quem lhe fizesse frente. Não foi coincidência ter criado tamanha empatia (e muitos negócios) com o presidente Hugo Chávez.
No entanto, com o actual ambiente político na Europa é praticamente impossível um ditador conseguir impor-se contra os votos do povo, ou melhor, sem antes enganar o povo, que diga-se de passagem, é bem fácil de fazer.
São tão “bons” uns como os outros. No hemiciclo discutem violentamente, parecendo odiar-se, mas em privado parecem uma família coesa e amiga.
São também os políticos que, enquanto estão à espera de regressar à ribalta da política, ocupam cargos chorudamente remunerados. Lembram-se dos “jobs for de boys”? Pois é. É coisa antiga, mas que dura, dura... Há décadas que eles se revezam da política para os cargos nas empresas, e é assim que delapidam tudo por onde passam. Para descobrir basta levantar o véu. Mas não se preocupem que ninguém vai ser condenado, pois existem advogados de primeira linha para os defenderem, e mais não digo sobre a justiça em Portugal. Já sei que não são todos iguais, mas quem tem vergonha não faz da política uma profissão.
Sonho que um dia irá aparecer alguém que vai acabar com os oportunistas e com os grupos de interesses instalados, aos quais chamam partidos, e instituir um sistema de governação verdadeiramente justo e democrático.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A EUFORIA DA PASSAGEM DE ANO

Peço desculpa àqueles que não partilhem o meu sentimento, e que devem ser muitos, mas tenho a dificuldade de não conseguir nos momentos de euforia da passagem de ano, apurar um único pingo de alegria, principalmente quando estão a soar as doze badaladas.
Não é que seja um momento de tristeza, mas a passagem para um ano diferente não me dá qualquer satisfação especial. Já sei que esta ocorrência, tal como a de Natal e similares, é um pretexto para fazer uma festa e muitas outras coisas, mas muitas vezes cai-se no exagero de exagerar tudo. Exageramos a beber, exageramos a comer, exageramos a comprar, exageramos nos nossos sentimentos, exageramos na forma como tratamos os outros… e até no dia seguinte exageramos na ressaca… só não exageramos a trabalhar.
Lembro-me da passagem de ano que coincidiu com a passagem de século, de me interrogar: - se numa passagem de ano normal ficamos eufóricos, que é que devemos sentir numa passagem de século, para comemorar tão distinto acontecimento? Nada. Tudo o que se fez foi igualzinho aos anos anteriores, para além de se acrescentar verbalmente que, não só estávamos a passar de ano, mas também de século.
Os “não-alinhados” como eu, têm um bom remédio para passar o ano de uma forma alegre ou mesmo eufórica – beber uns copos, e a partir daí, é saltar de alegria no momento chave. Nestes termos, é natural já alguém me ter visto a transbordar de felicidade, o problema é que no dia seguinte andei com a garganta seca como uma cortiça e a cabeça pesada como uma pedra, facto que lamentei e jurei não repetir… até outra ocasião.
A passagem de ano já me deu grandes satisfações. Como por exemplo, quando deixar de fumar para o resto da vida, em 1983. Ajudou-me algumas vezes a consolidar amizades e conhecer pessoas novas. E também me ajudou a compreender que não se deve beber tudo de uma vez!
Imagino quantos ou quantas, entram no dia 31 sozinhos e saem no dia 1 com namorada (é o que se diz entrar de carrinho e sair de carrão)! Mas também o contrário pode acontecer e tornar-se uma data de grande pesar. Esses poderão consolar-se pensando que melhores passagens de ano virão!
Também há quem passe o ano na caminha a dormir, mas existem muitos mais que o fazem a trabalhar.
Resumindo, cada um de nós faz (ou tenta fazer) da passagem de ano aquilo que deseja que seja. Por isso uns deitam-se cedo como as galinhas e outros só se deitam quando muitos se levantam.
Esta passagem de ano não bebi, por isso a alegria não foi muita. Na próxima se calhar vou beber, mas sem álcool. Bem, com ainda tenho muito tempo ainda vou pensar até lá.
Bom ano 2012!