Há
uma série de preconceitos enraizados no tema do estado civil. A víúva negra que
mata os sucessivos maridos, a divorciada que não resiste aos seus impulsos
sexuais, o solteirão que poderá ser homosexual porque não casa…
Os
estados de ser viúva/o, divorciado/a, solteira/o ou casado/a, é uma carga que
cada um tem que suportar ao longo da sua vida como se de um cadastro criminal
se tratasse.
Nos
tempos que correm isso deixou de fazer qualquer sentido. Os preconceitos
existem mas a imposição moralista, normalmente comandada pelo fanatismo
religioso, tem vindo a debilitar-se progressivamente nos estados democráticos,
como é na Europa. Por isso as pessoas das novas gerações tem contornado essas
imposições sociais e por isso há cada vez mais gente que conserva o estado
civil solteiro e vive em união de facto ou algo parecido.
Pelo
exposto, considero que é hora de acabar com esse registo cadastral que obriga o
cidadão comum a enfrentar a sociedade com o seu passado, sem nada ter feito de
mal para além de ter vivido a sua vida.
É
hora de mudar. A ninguém lhe interessa ou deve interessar se a pessoa se
divorciou, se ficou viúvo ou qualquer outra particularidade da sua vida. Poderá
interessar se a pessoa está livre ou não para uma nova relação, mas nada mais.
Por isso proponho que, de forma muito simples, passe a constar como estado
civil de cada indivíduo, se está LIVRE ou COMPROMETIDO.
Na
nova forma de COMPROMETIDO, também incluíria a forma que tem sido cada vez mais
adoptada pelos jovens que é a de juntos ou de união de facto.
Os
actuais estados civis – solteiro/a, casado/a, viúvo/a, e divorciado/a, passariam
com excepção do primeiro, a referir-se apenas ao acto em si, sendo utilizado como
justificação da ocorrência no registo civil. Por exemplo, a pessoa que tem o
estado civil LIVRE, ao casar-se passa a ter o seu estado civil de COMPROMETIDO.
Que
vos parece?